Sintegração



No dia 9 de dezembro foi proposto para a turma uma dinâmica de Sintegração, a fim de discutir assuntos abordados nas leituras de alguns textos, no total foram quatro momentos diferentes de interação, com diferentes pessoas, temas e funções. O tema da primeira turma, na qual participei como crítica, foi sobre "Discutir a diferença entre virtual e digital na arte e na arquitetura", no início  da discussão foi possível notar que os debatedores possuíam ideias bem distintas entre si e até um relação aos textos relacionados: alguns integrantes não viram diferença entre virtual e digital, outros consideravam o virtual como algo que não se integra ao real. Apesar do debate ter se iniciado um pouco perdido, o final foi bastante produtivo, de acordo com que o debate ia fluindo foi notório como as ideias foram ficando mais claras e mais próximas entre si e chegaram a um certo consenso de que o virtual não está preso no digital, e que o virtual promove interação entre os indivíduos, além disso, concluíram que o digital pode ser uma ferramenta para promover o virtual, mas que um não é sinônimo do outro.


Na segunda rodada o tema foi “A interatividade interativa e a interatividade não interativa exemplificando como “objetos” (quase objetos ou não objetos), espaços e situações do cotidiano” e nessa rodada eu fui observadora. Nessa rodada,os debatedores procuraram primeiramente definir o que era uma interatividade interativa e o que era interatividade não-interativa e concluíram que a interatividade deixa espaço para o indivíduo atuar e se expressar, já a interatividade não-interativa, limita e segrega. Para entender melhor esse conseito, relacionaram a não interatividade com a arquitetura hostil, como o caso das pedra irregulares debaixo dos viadutos para impedir moradores de rua de dormirem. 


Já na terceira rodada, atuei como debatetora e o assunto abordado foi "Discutir "objeto" (quase-objeto, não-objeto) como obstáculo para remoção de obstáculos pensando em como obstacularizar o mínimo possível". Apesar de ter tido boas conclusões nas salas anteriores, nessa reunião, nós tivemos bastante dificuldade de concluir sobre os conceitos de não-objeto, e embora não tenhamos chegado a uma definição exata foi uma discussão bastante rica e que nos fez refletir bastante. Utilizamos alguns possíveis objetos para analisarmos que corroboraram para tentar chegar a uma definição, a partir deles tentamos entender melhor quando um objeto deixa de ser objeto e passa se tornar não objeto, ressaltamos bastante sobre como criamos obstáculos para acabar com outros obstáculos, sobre como devemos pensar criticamente a criação de um objeto para evitar que isso aconteça e que o não-objeto pode ser entendido como algo que vai além da sua função definida, além disso observamos como essa ideia de objeto e não-objeto pode ser subjetiva, pois o que é objeto pra uma pessoa pode não ser para outra. 


Para a quarta, e última, rodada sobre "Discutir a relação função/sentido do objeto no mundo em contraponto à abertura do não-objeto" fui debatedora novamente. Entre todas as reuniões, essa foi na minha opinião a temática mais subjetiva. A partir dessa discussão foi possível entender melhor o conceito da rodada anterior e desenvolver sobre o tema. A principal abordagem foi relacionando objeto especial com a ideia de magia, como algo sensorial e que que depende da experiência e não da forma que é feito. Ademais, entendemos que elementos com funções pré estabelecidas não dão o mesmo espaço de interação que os não-objetos. Por fim, concluímos que isso depende do referencial, e que pode mudar de acordo com a pessoa.


Com essa dinâmica de sintegração pude perceber como o entendimento da leitura do livro ficou muito mais clara depois das diferentes interações, também observei melhor a ligação que cada texto tinha com o outro, mesmo que em alguns casos não fossem tão óbvios. 

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